Estudo de caso 1: Ultrassonografia Articular

Cocker Spaniel de um ano de idade apresentava dificuldades de se manter em pé e comprometimento no desenvolvimento de membro torácico

Neste caso faremos um estudo de caso de ultrassonografia articular da musculatura esquelética de um Cocker Spaniel de um ano de idade. Pela pouca idade, as primeiras suspeitas giram em torno de possíveis doenças congênitas ou algum tipo de trauma durante brincadeiras. Os sinais clínicos relatados são de: dificuldades do animal se manter em pé e o comprometimento do desenvolvimento do membro torácico. 

Diante desse caso optou-se pela investigação ultrassonográfica ortopédica, que tem a vantagem de não precisar anestesiar o animal, podendo realizar o procedimento na clínica e tendo como resultado um diagnóstico com uma documentação de todo o acompanhamento ortopédico da alteração ocorrida. 

A varredura é realizada na articulação escapuloumeral. Nessa região observamos: tendões, ligamentos, musculatura, capsula articular e superfícies ósseas. ATravés do ultrassom, observa-se neste relato de caso, uma alteração na superfície óssea do úmero e sendo uma resposta degenerativa do tecido que através da imagem ultrassonográfica, observamos uma área hiperecogênica heterogênea medindo 0,5. Com esses dados é possível concluir que se trata de uma degeneração óssea precoce.

Essa condição faz com que haja uma desestabilização mecânica do membro torácico. Pela vista lateral esquerda é possível ver hiperecogênico, heterogênea com 0,20 de altura, diferente do resto da cartilagem, causando uma lesão na área. 

Analisando o tendão bicipital ao corte longitudinal é possível observar as fibras do tendão, avaliando se há uma tendossinovite. No corte transversal é possível ver que o tendão bicipital não está comprometido. 

Portanto, a impressão diagnóstica do Cocker Spaniel é de uma osteoartrite em membro torácico esquerdo sem o comprometimento dos tecidos ligamentares, como tendões e musculatura.

A ultrassonografia articular permite sim a avaliação de superfícies ósseas e como neste relato de caso exclue qualquer alteração em tecidos, com fechamento de diagnóstico de doença congênita degenerativa.

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